Na manhã desta quarta-feira (21), horário de Brasília, o presidente Lula chegou ao Vaticano, na Itália, para um encontro com o Papa Francisco. O objetivo da reunião foi debater temas urgentes, como a guerra na Ucrânia, o combate à fome e as mudanças climáticas.
Antes do encontro com o líder religioso, Lula teve uma reunião com o presidente da Itália, Sergio Mattarella, como parte de sua agenda de compromissos. O presidente brasileiro já havia iniciado seu dia com uma audiência, por volta das 4h30 (horário de Brasília), com o ex-primeiro-ministro italiano Massimo D'Alema.
Após a reunião com o Papa Francisco, Lula também está programado para se encontrar com a primeira-ministra da Itália, Giorgia Meloni, representante da extrema-direita no país, e com o prefeito de Roma, Roberto Gualtieri, em uma série de encontros agendados para o mesmo dia.
Este foi o primeiro encontro presencial entre Lula e o Papa Francisco desde o retorno do líder petista à Presidência do Brasil. Antes do encontro, Lula expressou o desejo de discutir com o pontífice, principal líder da Igreja Católica no mundo, formas de buscar uma solução para o conflito entre a Ucrânia e a Rússia.
Além disso, o presidente brasileiro manifestou a intenção de convidar o Papa para visitar o Brasil e acompanhar o Círio de Nazaré, em outubro, na cidade de Belém. Vale ressaltar que Francisco já esteve no Brasil há 10 anos, durante a Jornada Mundial da Juventude de 2013.
Após os encontros no Vaticano, Lula terá uma reunião marcada com Giorgia Meloni às 12h, horário de Brasília. A primeira-ministra italiana é líder do partido Irmãos da Itália, com raízes no fascismo. Nas redes sociais, ela cumpriu Lula após as eleições brasileiras do ano passado e enfatizou que Itália e Brasil continuariam trabalhando juntos.
Vale destacar que a Itália é um membro da União Europeia, bloco com o qual o Mercosul busca finalizar um acordo comercial. Lula tem expressado críticas a um termo adicional proposto pelos europeus, que prevê a aplicação de garantia em caso de descumprimento de obrigações pelos países signatários. A discussão sobre esse tema também pode estar presente nas conversas entre os líderes.
Foto: Ricardo Stuckert/Presidência da República.
Priscila Fagundes (estagiária sob supervisão de Paola Fernandes e Igor Islabão).