Autodeclaração de pretos cresce significativamente em 10 anos, segundo IBGE
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Publicado em 16/06/2023

A autodeclaração de brasileiros como pertencentes ao grupo racial preto teve um salto expressivo ao longo de uma década. Segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Contínua - Divisão de Características Gerais dos Domicílios e dos Moradores 2022, divulgada nesta sexta-feira (16) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em 2022, 10,6% da população brasileira se autodeclarou como preta, em comparação com apenas 7,4% em 2012. Esse aumento representa o maior crescimento entre os diferentes grupos raciais do Brasil.

O aumento no número de autodeclarados pretos ocorreu em todas as grandes regiões do país, com destaque para o Nordeste, onde essa proporção subiu de 8,7% para 13,4% no período analisado. Em seguida, a região Sudeste registrou 11,2% da população residente se autodeclarando como preta em 2022, ante 8,2% em 2012.

Ao mesmo tempo, a região Sul apresentou o maior aumento na proporção de pessoas autodeclaradas pardas, passando de 16,7% para 20,9% no período analisado. O Sudeste também teve um aumento de 36,4% para 37,3% entre 2012 e 2022. No entanto, todas as outras regiões do país registraram uma queda nessa parcela da população ao longo do mesmo período.

Além disso, os dados do IBGE mostram uma redução na proporção de brasileiros autodeclarados brancos. Em 2021, eles representavam 46,3% da população, enquanto em 2022 esse percentual caiu para 42,8%, uma queda de 3,5 pontos percentuais.

É importante ressaltar que todas as grandes regiões do país registraram uma queda no número de pessoas autodeclaradas brancas, com destaque para o Sul, onde essa parcela variou 6 pontos , de 78,8% para 72,8%. Em seguida, veio o Sudeste, com uma redução de 4,4 pontos, de 54,5% para 50,1%, e o Centro-Oeste, que registrou uma queda de 3,4 pontos, de 39,5% para 36,1%.

Esses dados evidenciam mudanças significativas na autodeclaração racial da população brasileira ao longo do tempo, refletindo uma maior consciência sobre a diversidade racial e a importância de uma identificação precisa para a implementação de políticas públicas e combate à identificação.

 

Foto: Divulgação/Secretaria Estadual de Cultura.

Priscila Fagundes (estagiária sob supervisão de Paola Fernandes e Igor Islabão). 

 

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