O Superior Tribunal de Justiça (STJ) adiou a decisão de restabelecer ou não a condenação dos quatro réus envolvidos na tragédia da boate Kiss, ocorrida há dez anos e que resultou na morte de 242 pessoas. Familiares das vítimas e sobreviventes compareceram ao STJ em Brasília, onde a ministra Laurita Vaz destacou que o caso é uma das maiores tragédias do país.
Em dezembro de 2021, quase nove anos após o incêndio na boate Kiss, os sócios e os integrantes da banda Gurizada Fandangueira foram condenados pelo tribunal do júri em Porto Alegre. No entanto, em agosto de 2022, a 1ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul anulou o julgamento e os réus foram soltos devido a supostas irregularidades apontadas pela defesa.
Nesta terça-feira (13), no STJ, cada advogado de defesa teve um tempo limitado para falar. O relator, ministro Rogério Schietti Cruz, acolheu o recurso do Ministério Público e defendeu a manutenção da condenação dos réus. No entanto, o julgamento foi interrompido após o voto do relator, pois dois ministros pediram mais prazo para analisar o caso. Os réus continuam em liberdade enquanto aguardam a retomada do julgamento. O prazo para análise pode se estender por até 90 dias, de acordo com o regimento do STJ.
Foto: Canal Ciências Criminais.
Priscila Fagundes (estagiária sob supervisão de Paola Fernandes).