Nesta terça-feira (13), foi aprovado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) o primeiro medicamento injetável para prevenção do HIV no Brasil, chamado Cabotegravir. Essa opção de profilaxia pré-exposição (PreP) consiste no uso contínuo de medicamentos antirretrovirais para pessoas com maior risco de contaminação. A autorização foi concedida à empresa GlaxoSmithKline (GSK) e foi oficializada no Diário Oficial da União em 5 de junho.
Atualmente, os medicamentos disponíveis para o público são em forma de comprimidos de administração oral. A principal diferença desses novos medicamentos é a sua ação prolongada, o que reduz a necessidade de doses frequentes. Basicamente, o Cabotegravir é administrado por injeção intramuscular na região dos glúteos, com duas doses iniciais e um intervalo de quatro semanas entre elas, seguidas de uma dose a cada oito semanas. Isso significa que, em vez de tomar 365 doses por ano, seriam necessárias apenas seis.
De acordo com informações divulgadas pela GSK em 2020, a eficácia desse novo método é 69% maior em comparação aos medicamentos de uso oral diário. Além disso, espera-se que, com doses menos frequentes, haja uma maior adesão ao tratamento por parte daqueles que optarem por esse tipo de medicamento.
Para obter mais informações sobre a eficácia, segurança e para saber quem deve recorrer ao método de PreP, é possível acessar o site do Ministério da Saúde.
Por: Lidiane Lopes (estagiária sob supervisão de Igor Islabão e Paola Fernandes).