O Governo Federal autorizou o aumento máximo de 5,6% nos preços dos medicamentos no Brasil. A data para a aplicação dos reajustes começa já a partir desta sexta-feira (31), porém, isso não significa que as farmácias irão aplicar esse exato percentual.
A autorização foi publicada em edição extra do Diário Oficial da União.
O índice de reajuste anual de preços dos medicamentos é calculado pela Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (CMED), órgão ligado à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), e se baseia em uma fórmula cujo principal fator é o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), acumulado em 12 meses até fevereiro de cada ano.
Em nota, o sindicado que representa a indústria farmacêutica afirmou esta semana que o índice de reajuste iria repor as perdas com a inflação e os aumentos de custos de produção. Além disso, a entidade justificou que o ano passado foi bastante atípico para a indústria farmacêutica:
"Numa frente, os efeitos persistentes da pandemia de SARS-CoV-2 afetaram a produção e impulsionaram os preços de IFAs (insumos farmacêuticos ativos, cotados em dólar); na outra, a Guerra da Ucrânia manteve os gastos com logística em patamares muito altos", disse em nota.
Além do IPCA, outro fator que calcula a recomposição anual da tabela de Preços Máximos ao Consumidor (PMC) de medicamentos é a fórmula estabelecida pela CMED, que também considera a produtividade da indústria farmacêutica e os custos de produção não captados pelo IPCA, como variação cambial, tarifas de eletricidade e variação de preços de insumos.
Foto: ISTOCK
Yasser Hassan (estagiário sob supervisão de Igor Islabão)