Escola de Rio Grande sofre ameaças em grupos de redes sociais
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Publicado em 29/03/2023

A Escola Municipal de Ensino Fundamental Dr. Rui Poester Peixoto, em Rio Grande, foi alvo de uma ameaça de massacre pelas redes sociais. Os pais receberam através de grupos de WhatsApp do Instagram, imagens de um adolescente ameaçando realizar um massacre em três salas de aula e a morte da diretora da escola, Elizabete Laurino Guimarães. Segundo informações da diretora, os pais entraram em pânico e as aulas foram suspensas até a próxima segunda-feira, dia 3 de abril. A Brigada Militar e a Guarda Municipal foram acionadas e compareceram na escola, contendo inclusive os pais. As crianças acabaram indo embora com os seus responsáveis e a diretora foi encaminhada até a delegacia para registrar a ocorrência.

 

Acontecimentos como esse causam grande preocupação devido aos incidentes que aconteceram em diferentes pontos do país. Desde agosto, o Brasil sofre mais  de um ataque a cada mês em escolas. O levantamento foi feito por um grupo que reúne pesquisadores da Unicamp e da Unesp, contabilizou  até o momento, 22  ataques a escolas brasileiras desde 2002, com um total de 36 mortes.

De acordo com os especialistas, os ataques precisam entrar em pauta de grande demanda e precisam ser assumidas pelo Poder Público. Os casos estão sendo catalogados por grau de violência, dos quais se aumentam a motivação de discursos extremistas de direita, neonazistas e neofacistas, e usam como exemplo a máscara utilizada em casos incomum. A máscara é um item característico em outros ataques a escolas, como em Monte Mor, interior de São Paulo, em fevereiro deste ano, em Aracruz, no Espírito Santo em 2022 e em Suzano, novamente em São Paulo no ano de 2019.

 

Nesta terça-feira (28), um novo caso também foi registrado em uma escola municipal do Rio de Janeiro. Um estudante de 15 anos tentou atacar os colegas com uma faca, mas foi contido por funcionários. Um relatório coordenado foi encaminhado à sede do Governo Federal, do qual defende que o Poder Público adote o quanto antes medidas que ultrapassem o espaço escolar, como desarmamento da população civil, a criação de uma rede de inteligência para monitoramento de grupos extremistas e a responsabilização criminal de lideranças das células, além do endurecimento de leis que tratam de crimes de discriminação e ódio racial.

 

Foto: Divulgação dos Pais/Redes Sociais

Fonte: Diário Popular

 

Por:

Lidiane Lopes (Estagiária sob supervisão de Igor Islabão).

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