Foi descoberto um terceiro estojo de joias da Arábia Saudita recebido pelo ex-presidente Jair Bolsonaro. A informação foi revelada pelo jornal "O Estado de S. Paulo" nesta terça-feira (28).

Segundo o jornal, a caixa inclui um relógio Rolex, uma caneta da marca Chopard prateada, um par de abotoaduras em ouro branco, com um brilhante cravejado no centro; um anel em ouro branco com um diamante no centro e outros em forma de “baguette” ao redor; e uma masbaha (um tipo de rosário árabe), feito de ouro branco e com pingentes cravejados em brilhantes.

O conjunto foi entregue à comitiva de Bolsonaro durante uma viagem ao Catar e a Arábia Saudita em outubro de 2019.

Após a descoberta, a defesa de Jair Bolsonaro soltou uma nota, onde confirmou que o ex-presidente ficou com os itens de luxo. Os advogados de Bolsonaro, Paulo Amador da Cunha Bueno e Daniel Bettamio Tesser, afirmaram que “os bens foram devidamente registrados, catalogados e incluídos no acervo da Presidência da República”, e ainda disseram que os itens estão "à disposição para apresentação e depósito, se necessário."

Os ministros do Tribunal de Contas da União (TCU) não gostaram de saber da informação dos novos itens, e se mostraram irritados com o ex-presidente. Segundo eles, Bolsonaro deveria ter comunicado sobre esse terceiro estojo de joias e não ter "escondido" os presentes.

O TCU agora será acionado para analisar o novo estojo. Como os itens são avaliados em cerca de R$ 500 mil, a devolução deverá ser pedida pelo tribunal, já que não se encaixam no caráter "personalíssimo".

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Yasser Hassan (estagiário sob supervisão de Igor Islabão)