Toffoli atendeu ao pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR) após a Polícia Federal (PF) indicar a necessidade de aprofundar as investigações com base nas declarações do empresário e ex-deputado estadual do Paraná, Antônio Celso Garcia, também conhecido como Tony Garcia.
O caso remonta a um acordo de colaboração premiada feito por Garcia em 2004, após ser preso pela PF por gestão fraudulenta do Consórcio Nacional Garibaldi, em um processo anterior à Lava Jato. Alega-se que Moro o ameaçou, levando-o a gravar investigados e a "trabalhar" na obtenção de provas contra políticos, principalmente ligados ao PT, conforme relatado por Garcia.
Em depoimento à PF, autorizado por Toffoli no ano passado, Garcia afirmou que as supostas chantagens foram comunicadas à juíza Gabriela Hardt em 2021, quando ela substituiu Moro na 13ª Vara Federal. No entanto, as alegações foram encaminhadas ao Supremo apenas no ano passado, por decisão do juiz Eduardo Appio, que assumiu brevemente a Lava Jato.
Por: Renan Ferreira