O PIB do Rio Grande do Sul teve queda de 5,1% em 2022. Em números divulgados nesta quinta-feira (23), pelo Departamento de Economia e Estatística (DEE), vinculado à Secretaria de Planejamento, Governança e Gestão (SPGG), foi apontado o resultado negativo da economia gaúcha, que foi puxado pelo desempenho da agropecuária, que recuou 45,6%, muito em razão dos efeitos da estiagem no estado.
A queda na agropecuária foi causada por retração nas principais culturas, com destaque para as produções de soja (-54,3%), milho (-31,6%), fumo (-14,6%) e arroz (-9,7%). Já o trigo, principal cultura de inverno, apresentou alta de 49% na produção.
A área de Indústria e serviços aumentou no acumulado do ano, mas não o suficiente para contrabalancear o tombo na economia.
Na Indústria, todas as atividades registraram desempenho positivo em 2022, com destaque, em termos percentuais, para Construção (+5,8%), Eletricidade e gás, água, esgoto e limpeza urbana (+5,6%), Indústria extrativa mineral (+3,4%) e Indústria de Transformação (+0,7%), o setor industrial mais representativo no Estado.
Entre as 14 atividades da Indústria de Transformação, os principais destaques positivos foram das indústrias de Máquinas e Equipamentos (+12,3%), Veículos automotores, reboques e carrocerias (15,3%) e Produtos do fumo (+11,4%). As maiores quedas no setor foram observadas nas indústrias de Produtos químicos (-12,5%), Móveis (-12,9%) e Produtos de metal (-4,1%).
Nos Serviços, das sete atividades divulgadas no PIB, seis tiveram variação positiva no ano passado. Em termos percentuais, os principais destaques são para os Serviços de informação (+8,7%), Outros Serviços (+8,2%) e o Comércio (+5,3%), enquanto Administração, educação e saúde públicas teve o único resultado negativo do segmento (-0,6%).
Em 2022, o PIB do Rio Grande do Sul somou R$ 594,96 bilhões, que corresponde à 6% do PIB nacional. Já o PIB per capita registrou o valor de R$ 51.701, queda de 5,4% ante 2021.
Com a queda de 5,1% em 2022, o resultado gaúcho vai na contramão do observado no país, que anotou crescimento de 2,9% no PIB.
Foto: Fábio Pozzebom / Agência Brasil
Yasser Hassan (estagiário sob supervisão de Igor Islabão)